quinta-feira, 14 de maio de 2015

NESTE SÁBADO SERÁ EXIBIDO O FILME “A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO” NO PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO, DA UFOPA

Exibição será neste sábado, 16/05, às 19h30min no Auditório Wilson Fonseca da UFOPA – Campus Rondon
Imagem: Cartaz do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://www.cineconhecimento.com/2010/10/a-viagem-do-capitao/r
Em continuidade às etapas formativas dos integrantes do Projeto Iurupari – Grupo de Teatro, projeto de extensão da UFOPA – Santarém, a partir de exibições de filmes, neste sábado, 09 de maio, as 19h30min, no Auditório Wilson Fonseca do Campus Rondon da UFOPA de Santarém, teremos o filme de produção italiana e francesa “A Viagem do Capitão Tornado” (1990), com seção aberta gratuitamente aos interessados em prestigiar o filme.
Obra adaptada ao cinema mostra a saga da trupe mambembe pela Europa. “Se não se agarrasse com unhas e dentes a tal ocasião, provavelmente nunca lhe ocorreria outra semelhante. Afinal de contas, era nada mais nada menos que o sonho de sua vida”. A passagem é um trecho do livro “Capitão Fracasso”, do escritor e poeta francês Téophile Gautier (1811 – 1872). A obra narra a saga de uma trupe de artistas mambembes que viaja da Itália até Paris. A obra foi adaptada para o cinema em 1990 pelo diretor italiano Ettore Scola.
O filme é uma homenagem ao teatro e às artes cênicas em geral. O enredo tem uma trama consistente que vai envolvendo o espectador na atmosfera de sonho, em cenários medievais deslumbrantes, construindo uma fábula sobre aventura, coragem e paixão.
Imagem: Cena do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://moviespictures.org/movie/Il_viaggio_di_Capitan_Fracassa_1990
SINOPSE DO FILME
França, 1774. O último e faminto herdeiro da família Sigognac, deixa o castelo de seus ancestrais para acompanhar um grupo de atores itinerantes, a caminho da corte do rei. Seduzido pela bela Serafina e pelo amor de Isabelle, o jovem Sigognac dará início as suas aventuras. No decorrer da difícil viagem, é Isabelle que, com sua ingenuidade, lhe conquista o coração e por ela Sigognac enfrentará seus maiores desafios. Emboscadas, sequestros, duelos e amores o transformam em um verdadeiro Senhor: o Barão de Sigognac. A Pedido da amada, Sigognac vence sua timidez e se inicia no teatro. Isabelle foge preferindo a vida de conforto e riqueza no palácio do Duque. Desiludido, o jovem Barão descobre no teatro sua verdadeira paixão.
Imagem: Cena do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://moviespictures.org/movie/Il_viaggio_di_Capitan_Fracassa_1990
MAIS SOBRE O FILME
(Fonte: http://www.diarioonline.com.br/noticia-179173-a-viagem-do-capitao-tornado-em-cartaz.html)
 “A Viagem do Capitão Tornado” é uma saudação ao teatro itinerante e revela o poder da arte como força transformadora diante das dificuldades da vida. A trama segue os rumos da trupe retratada na obra original de Gautier. Era comum na Europa medieval artistas se reunirem em trupes e viajarem pelo interior fazendo apresentações em pequenas vilas. As performances ocorriam geralmente em praças abertas, mas, em certas ocasiões, os mambembes eram convidados por reis para entreterem a corte em seus castelos. Esses artistas do passado eram muito pobres e passavam por dificuldades de todo tipo. Levavam uma vida parecida a das famílias de circo que cruzavam o interior do Brasil até pouco tempo, como retratado no nacional “O Palhaço”.
Como no filme de Selton Melo, o bom humor e a simplicidade da comédia do improviso aparecem bastante na obra de Scola. Em “A Viagem do Capitão Tornado” podemos assistir à chamada “commedia dell’arte”, peças populares improvisadas que contavam com personagens como o arlequim e colombina e giravam em torno de encontros e desencontros amorosos.
A França do final do século XIII, período em que o filme é ambientado, era um país desolador. A desigualdade social, a fome e as doenças castigavam a população que migrava para a capital em busca de uma vida melhor. Mais tarde, a insatisfação popular provocaria a queda da Bastilha, antiga prisão política da monarquia, e o início da sangrenta revolução que tiraria o poder dos nobres. A nobreza, aliás, vivia um período de decadência. O jovem e falido Barão de Sigognac (Vincent Perez), um dos personagens principais do filme, depois de hospedar a trupe mambembe, se junta a eles na saga até Paris.
“A Viagem do Capitão Tornado” traz no elenco atores italianos e franceses, como as belas Ornella Muti e Emmanuelle Béart. O filme provoca uma nostalgia encantadora por retratar um tempo esquecido em que a arte não era vista como produto mercadológico capaz de render milhões. Os artistas se dedicavam inteiramente por amor a algo que era muito mais do que suas profissões: era um estilo de vida. Mais do que viver de arte, os personagens do filme de Scola vivem com arte.
Imagem: Cena do Filme – “A Viagem do Capitão Tornado”.
Fonte: http://moviespictures.org/movie/Il_viaggio_di_Capitan_Fracassa_1990
SERVIÇO:
FILME: “A Viagem do Capitão Tornado”
DATA: 16 de Maio de 2015, sábado.
HORÁRIO: 19h30min
Local: Auditório Wilson Fonseca – Campus Rondon da UFOPA – Santarém
PÚBLICO ALVO: Pessoas com interesse em Artes Cênicas
DIRETOR: Ettore Scola
ANO DE LANÇAMENTO: 1990
DURAÇÃO: 132 min
PAÍS DE PRODUÇÃO: França, Itália

Informações: http://iurupari.blogspot.com.br / iurupari@gmail.com – Tel.: 93-99130-6555


quarta-feira, 6 de maio de 2015

PROJETO IURUPARI – GRUPO DE TEATRO, DA UFOPA, EXIBE FILME CHILENO ‘DRAMA”

Exibição será neste sábado, 09/05, às 19h30min no Auditório Wilson Fonseca da UFOPA – Campus Rondon
Imagem: Cartaz do Filme – “Drama”.
Fonte: http://camelecocacola.blogspot.com.br
Como parte das etapas formativas dos integrantes do Projeto Iurupari – Grupo de Teatro, projeto de extensão da UFOPA – Santarém, será exibido o filme “Drama” (2010) do diretor espanhol Matias Lira. A exibição ocorrerá neste sábado, 09 de maio, as 19h30min, no Auditório Wilson Fonseca do Campus Rondon da UFOPA de Santarém, e será aberto gratuitamente aos interessados em prestigiar o filme.
A seção, prevista, ocorrerá após o encontro semanal do projeto, que conta atualmente com a participação de aproximadamente 40 integrantes, dentre acadêmicos e comunidade em geral, e está em atividade contínua desde o mês de março do corrente ano.
Ainda neste mês de maio estão previstas exibições de outros filmes, com enfoques às questões teatrais e às artes cênicas, que tendem a aprofundar o discernimento dos integrantes nas discussões que enfocam o aprimoramento às atividades artísticas almejadas.
SINOPSE DO FILME
Em Drama três jovens crendo que a vida é um teatro… Influenciados por um professor e pelo método do teórico francês Antonin Artaud, três estudantes de teatro começam a buscar situações e emoções reais e trazê-las para o palco. A obsessão por se tornarem atores melhores os leva a conhecer seus lados mais obscuros, ultrapassando limites que eles e seus professores não poderiam prever.
MAIS SOBRE O FILME
(Fonte: http://cinepop.virgula.uol.com.br/noticias2/34mostrainternacionaldesaopaulo_jana_101.htm)
Filmes sobre ditadura sulamericana são destaque na Mostra
Os anos passam mais uma ferida continua bem aberta na América do Sul: a ditadura ainda é exposta pelo cinema com todas as suas mazelas. Na 34ª edição da Mostra de São Paulo dois filmes se destacam com este assunto - o argentino O olho Invisível e o chileno DRAMA.
[...]
Usando o teatro como aparente tema central, o longa chileno DRAMA, de Matias Lira, mostra três jovens que confundem seus personagens no palco com a vida real. Um deles, Mateo, é atormentado pela raiva que sente do pai e o desaparecimento de sua mãe. Desaparecimento este que, já no final do filme, vamos saber que está relacionado com a aterrorizante ascensão de Pinochet ao poder no Chile.
O interessante neste caso é que Drama mostra a ditadura calando os artistas e acabando com a liberdade de expressão, o que não difere dos dias atuais no Chile, onde ainda é preciso lutar para se expressar - o cartaz do longa foi censurado no país.
E se há uma coisa que o cinema não faz, definitivamente, é colocar os panos quentes na ditadura. Ainda bem.
Imagem: Cena do Filme – “Drama”.
Fonte: http://camelecocacola.blogspot.com.br
ENTREVISTA
(Fonte: http://cinepop.virgula.uol.com.br/noticias2/34mostrainternacionaldesaopaulo_jana_101.htm)
Diretor chileno Matias Lira comenta sobre Drama, seu primeiro filme
Motivados pelas técnicas do Teatro da Crueldade do dramaturgo francês Antonin Artaud e por um singular professor, três estudantes de teatro começam a experimentar vivências ao limite numa busca por atingir a perfeição. Misturando realidade e ficção, o filme Drama, de Matías Lira, é muito mais do que parece inicialmente.
Com vários anos de experiência dirigindo programas de televisão, Lira estreia com Drama nos cinemas, marcando presença como mais um jovem diretor chileno a tentar conquistar o mundo. Em entrevista ao CinePop, o cineasta, que está em São Paulo apresentando seu longa na Mostra internacional de Cinema, revela como foi fazer seu primeiro filme.
CinePOP: Como surgiu a ideia de filmar Drama?
Matías Lira: Procurei um tema que para mim fora recorrente, eu desehava trabalhar algo que me identificasse. O filme tem 90% de realidade, de coisas que vi e vivi, e 10% de ficção.
CinePOP: E por que usar o teatro como pano de fundo da história?
Matías Lira: Como já fui ator de teatro, peguei esse universo. Além disso, adoro filmes que usam o teatro como tema central. Um dos meus preferidos é O Estado das Coisas, do Wim Wenders. Então para fazer meu primeiro filme tinha que ser algo que me encantasse, e o teatro me encanta.
CinePOP: Você usa o Teatro da Crueldade do dramaturgo francês Antonin Artaud como ponto de partida da trama. As cenas de ensaio a partir dessa técnica são bastante angustiantes, com os atores passando por momentos exaustivos. O que vemos no filme são técnicas reais ou você exagerou?
Matías Lira: Queria retratar a obsessão destes jovens estudantes por querer ser os melhores, por procurar sua identidade, mas no fundo devem compreender que não existem as pressões e nada é tão importante como a saúde física e psicológica.o que eu queria passar é que não é necessário viver no limite para atingir o sucesso. Em qualquer carreira, os jovens, entre 18 e 23 anos, acham que se não fizerem sucesso nesta época, são fracassados. E isso não é verdade. Mesmo no jornalismo é assim, o jovem jornalista sente essa pressão. Todo mundo tem crise nessa idade, a gente acha que se não conseguir algo vai fracassar para o resto da vida. Então coloquei as cenas de ensaio de teatro mostrando como eles sofrem para atingir o sucesso, quando, na verdade, são inseguros e não precisam fazer sucesso tão jovens.
CinePOP: Na realidade o teatro é pano de fundo para um tema recorrente no cinema sulamericano, a ditadura.
Matías Lira: Sim, e mais do que retratar o interior das escolas quis mostrar do que muita da gente relacionada com as artes cênicas está ao mesmo tempo muito conectada com a realidade. E mostrar isso e outras coisas no filme me causaram problemas com a censura no Chile.
CinePOP: Que problemas?
Matías Lira: Os problemas já começaram no cartaz, que mostra os três protagonistas juntos, na cama, e remete a uma cena do filme. No Chile o cartaz saiu com uma tarja no rosto dos personagens, então não se vê que são dois homens e uma mulher. Além disso há críticas à igreja, e no Chile há meus casos de padres envolvidos com pedofilia. Falta diálogo no país, e essas coisas continuam acontecendo por causa dessa falta de diálogo.
CinePOP: Apesar dessa censura, o filme foi bem recebido pelo público no Chile, o que você acha disso?
Matías Lira: Acho que a identificação vem de que, apesar dos personagens principais serem atores, o filme trata de atuarmos na vida. É esta reflexão que deve ser feita e acho que isso tem atraído as pessoas.
CRÍTICA:
Fonte: http://camelecocacola.blogspot.com.br/2011/08/drama-de-matias-lira.html
Drama de Matías Lira
QUATRO PALERMAS
Este filme, não sei porquê, estreou no Havana Film Festival de 2010, e fiz download dele de não sei onde, porque li na sinopse que os personagens se deparavam com as teorias de Antonin Artaud sobre teatro. É esta a promessa de "Drama": a história de três jovens atores que se propõe atravessar uma série de situações estranhas, de forma a seguir a ideia de Artaud de que o teatro não devia ser uma mentira, mas o encontrar da verdade dos personagens pelos próprios atores (Mais ou menos isto.), confundindo assim aquilo que são enquanto pessoas com aquilo que são os personagens que pretendem interpretar.
A ideia é boa, se é fato que as teorias de Artaud não foram ainda ultrapassadas e que representam uma verdadeira revolução, a mais significativa talvez, na arte de representar. No entanto, eis o que encontramos no filme de Matías Lira: dois rapazes, Matteo (Eusebio Arenas) e Ángel (Diego Ruiz) e uma rapariga, Maria (Isidora Urrejola). Matteo e Maria mantém uma relação amorosa de componente sexual conturbada, ao que se percebe, devido a algum trauma de infância de Matteo. Ángel atravessa a descoberta da sua homossexualidade. No contexto das suas aulas de teatro, os três propõe-se a viver situações estranhas para depois apresentarem uma peça ou um monólogo. Estas situações estão ligadas a prostituição, a violência e a uma espécie de submundo. Até aqui tudo bem. No entanto, Matías Lira revela-se o mais completo incompetente no que toca a filmar tudo isto. Os três personagens estão tão pobremente definidos que não parecem ter sequer personalidade alguma para começar; e as situações em que se encontram são abordadas de uma maneira tão superficial e tão abandalhada que quase estranhamos que aquilo signifique mais que uma inocente brincadeira de criancinhas num parque infantil. Poderia isto ser uma forma de apontar para a imprepração dos três jovens atores, mas acontece que, pela cenografia e pelas consequências dessas situações, percebemos que era suposto aqueles momentos serem intensos e limítrofes e inclusivamente terem uma dimensão intelectual. Aliás, o único bom momento deste filme é o monólogo apresentado neste contexto por Ángel. É um segmento de boa qualidade, em si, porque a verdade é que, julgando-o de acordo com o resto do filme, gera-se uma incongruência, pois a situação que dá origem ao monólogo está tão mal pensada que, na verdade, só mesmo em ficção é que ela poderia ter originado aquele monólogo.
O resto do filme está sempre de acordo com tudo isto. Situações que notoriamente se queriam fortes e contundentes, mas que resultam sempre pobres enquanto cinema e enquanto tudo, na verdade. A pressuposta dimensão intelectual e experimental de todas essas situações não existe, nem sequer residualmente. Ángel, de repente, torna-se quase apagado, não parecendo muito mais que um adolescente a tentar ter sexo; Maria parece uma menina desesperada por chamar a atenção do namorado que a rejeita e, mais irritante que todos, Matteo leva a sua vida a pensar nos seus mommy issues, o que nos faz pensar que Freud passou mais por aqui do que Artaud. A questão aqui é que o trauma infantil podia até ser uma boa ideia, e, inicialmente, até nos parece que poderá aí mesmo estar um bom ponto de tensão no filme. O problema é o final. A ideia da repetição desse trauma, entre Matteo e Maria é boa, mas a explicação que dão para o que verdadeiramente aconteceu à mãe de Matteo pura e simplesmente não resulta.
Além disso, entre Matteo, Ángel e Maria sugere-se uma relação triangular -que, aliás, é o próprio cartaz do filme -que pura e simplesmente não existe, limita-se a ser levemente, muito levemente, sugerido, no início do filme, perdendo-se redondamente logo a seguir.
A realçar de bom estão apenas pequenos detalhes que, por mais significativos que possam ser, não chegam para salvar um filme. Mas, de qualquer maneira, há que os realçar. Refiro-me ao baton que Matteo vai mostrando como um símbolo da mãe, a pistola de brincar que passa de Matteo para Ángel, o graffiti que Matteo faz, sempre igual, com um lobo (?). Estas pequenas coisas são as únicas que vão dando densidade a um filme a que o que falta é precisamente densidade.
No fim do filme, duas coisas nos podem ocorrer. A primeira de todas é que se Antonin Artaud tivesse visto este filme teria tido um desgosto de morte. A segunda é que, entre pseudo-intelectualidades, este filme é pouco mais que três palermas à frente de uma câmara, e mais um palerma atrás. E não há muito mais a dizer.
SERVIÇO:
FILME: “Drama”
DATA: 09 de Maio de 2015, sábado.
HORÁRIO: 19h30min
Local: Auditório Wilson Fonseca – Campus Rondon da UFOPA – Santarém
PÚBLICO ALVO: Pessoas com interesse em Artes Cênicas
DIRETOR: Matias Lira
ROTEIRISTA: Eliseo Altunaga, Sebastián Arrau, Matias Lira
ATORES – Destaque: Diego Ruiz , Eusébio Arenas
ATRIZ – Destaque: Isidora Urrejola

Informações: http://iurupari.blogspot.com.br / iurupari@gmail.com – Tel.: 93-99130-6555

Imagem: Atores protagonistas do filme – “Drama”
Fonte: http://blogfoursome.blogspot.com.br/2011/03/dica-de-filme-drama.html